Fim das atividades Têxteis na fábrica.
Por volta de 1940 e 1950 o Brasil vivia um
momento de grande expansão industrial, ocasionada, principalmente, com o fim da
II Guerra Mundial. Entretanto, por volta da década de 70, 80 e 90, devido ao
investimento tecnológico no setor industrial e a substituição do trabalho
humano pelas máquinas, a Companhia começa a diminuir o número de operários.
Sobre o fim das atividades têxteis na fábrica, utilizamos
os relatos de ex-funcionários e de sindicalistas da cidade que presenciaram o
seu fim. Esses relatos são encontrados no livro organizado para professora da
UFF, Maria Ciavatta.
Alguns deles atribuem o fim das
atividades à concorrência no mercado externo com os tecidos chineses, que
seriam mais baratos que os brasileiros, porque lá as fábricas trabalham com mão
de obra barata e com a falta de fiscalização trabalhista. Somado a esse fator,
está a venda da fábrica para o grupo São Pedro de Alcântara. Antes da venda, o
IBAMA e a FEEMA começaram a exigir o tratamento dos resíduos que saiam do setor
de acabamentos e desembocavam, diretamente, nos rios da cidade. Por essa razão,
a fábrica foi vendida à empresa São Pedro de Alcântara. Esse grupo possuía uma
indústria em Petrópolis e resolveu transferir todo o equipamento da Brasil
Industrial para aquela região, encerrando assim suas atividades em Paracambi.
Visto que, naquela localidade havia uma estrutura para o tratamento de esgotos e de dejetos químicos. A fábrica
encerrou suas atividades em 1996.
Nesse vídeo é possível ver a
Brasil Industrial em funcionamento.
Como se transformou em Fábrica do Conhecimento?
Durante muito tempo o prédio da
fábrica esteve fechado, trabalhando nela, apenas, os funcionários que faziam a
manutenção do prédio e a segurança. Em
2001 o prefeito da cidade, André Siciliano, negociou a compra do espaço físico
da fábrica pela prefeitura. Imediatamente foi feito um convênio com o governo
do Estado que trouxe a FAETEC e o CETEP. Outras instituições de ensino foram
transferidas, posteriormente, para esse espaço como o já mencionado CEDERJ,
CEFET e a Vila Lobos, dentre outras.
Bibliografia:
KELLER, Paulo Fernades. Fábrica
& Vila Operária: a vida cotidiana
dos operários texteis em Paracambi/RJ/-Engenheiro Paulo de Frontin/RJ: Solon
Ribeiro, 1997.
CIAVATTA, Maria [org.]. Memórias e temporalidades do trabalho e da
educação- Rio de Janeiro: Lamparina: Faperj,2007.
https://www.facebook.com/groups/paracambi.antigamente/?fref=ts
Quem eram os proprietários em 1992
ResponderExcluir