terça-feira, 16 de setembro de 2014

Você conhece a história da Fábrica? Parte III



Fim das atividades Têxteis na fábrica.
 Por volta de 1940 e 1950 o Brasil vivia um momento de grande expansão industrial, ocasionada, principalmente, com o fim da II Guerra Mundial. Entretanto, por volta da década de 70, 80 e 90, devido ao investimento tecnológico no setor industrial e a substituição do trabalho humano pelas máquinas, a Companhia começa a diminuir o número de operários. 
Sobre o fim das atividades têxteis na fábrica, utilizamos os relatos de ex-funcionários e de sindicalistas da cidade que presenciaram o seu fim. Esses relatos são encontrados no livro organizado para professora da UFF, Maria Ciavatta.
Alguns deles atribuem o fim das atividades à concorrência no mercado externo com os tecidos chineses, que seriam mais baratos que os brasileiros, porque lá as fábricas trabalham com mão de obra barata e com a falta de fiscalização trabalhista. Somado a esse fator, está a venda da fábrica para o grupo São Pedro de Alcântara. Antes da venda, o IBAMA e a FEEMA começaram a exigir o tratamento dos resíduos que saiam do setor de acabamentos e desembocavam, diretamente, nos rios da cidade. Por essa razão, a fábrica foi vendida à empresa São Pedro de Alcântara. Esse grupo possuía uma indústria em Petrópolis e resolveu transferir todo o equipamento da Brasil Industrial para aquela região, encerrando assim suas atividades em Paracambi. Visto que, naquela localidade havia uma estrutura para o tratamento  de esgotos e de dejetos químicos. A fábrica encerrou suas atividades em 1996.
Nesse vídeo é possível ver a Brasil Industrial em funcionamento.




Como se transformou em Fábrica do Conhecimento?
Durante muito tempo o prédio da fábrica esteve fechado, trabalhando nela, apenas, os funcionários que faziam a manutenção do prédio e a segurança.  Em 2001 o prefeito da cidade, André Siciliano, negociou a compra do espaço físico da fábrica pela prefeitura. Imediatamente foi feito um convênio com o governo do Estado que trouxe a FAETEC e o CETEP. Outras instituições de ensino foram transferidas, posteriormente, para esse espaço como o já mencionado CEDERJ, CEFET e a Vila Lobos,  dentre outras.



Bibliografia:
KELLER, Paulo Fernades. Fábrica & Vila Operária:  a vida cotidiana dos operários texteis em Paracambi/RJ/-Engenheiro Paulo de Frontin/RJ: Solon Ribeiro, 1997.
CIAVATTA, Maria [org.].  Memórias e temporalidades do trabalho e da educação- Rio de Janeiro: Lamparina: Faperj,2007.
https://www.facebook.com/groups/paracambi.antigamente/?fref=ts

Um comentário: