Em 1981, os últimos donos da
Brasil Industrial, demoliram o prédio do Cassino. No livro da professora Maria
Ciavatta, encontramos um relato de moradora da cidade América Zanella sobre a
demolição do Cassino.
“ É, ele era o dono e achou que
estava velho, porque a parte de baixo era toda de concreto, tijolo e tudo, mas
a parte de cima era toda de madeira e coberta com aquelas folhas de zinco
[...]. E mandou demolir e desagradou todo mundo na cidade, inclusive eu[...].
Mas quando veio o prefeito Délio, ele construiu esse que está aí agora. Só que
é diferente por dentro.”
No Cassino, todas as semanas
ocorriam as domingueiras. Para muitos era considerado o momento de lazer mais
importante.
Abaixo encontramos um relato de
uma operária no livro do Paulo Fernandes Keller sobre esse evento:
“Faziam chocolate dançante, mas
era tudo de graça, Então aquelas moças, que eram da comissão, eram obrigadas a
ir, punha um aventalzinho, tinha que servir o chocolate em todas as mesas
(...). Faziam sempre no domingo. Todo domingo
tinha domingueira. Tinha presidente, então eram eles que organizavam
aquelas coisas, para as famílias poderem
frequentar . Então fazia isso, porque aí a gente apanhava o convite. A
minha mãe, mesmo que nunca gostava de ir recebia o convite e ia ver o ambiente,
que era bom. Entendeu? E assim: não se podia dar... naquele tempo se falava
assim pranchão, agora nem sei como se fala. Se
o rapaz tirasse você para dançar, mesmo que você não gostasse dele, era
o brigada a dançar; porque se você recusassem você era expulsa do clube.”
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