O trabalho do Historiador
(profissional que estuda a História) é muito semelhante ao trabalho de um
detetive. Isso mesmo, um detetive, como por exemplo, o Sherlock Holmes. Assim
como um detetive, o profissional que faz a História busca pistas sobre um fato que
pode ou não ter sido presenciado por ele.
Como encontrar as pistas?
Um detetive utiliza pistas para
reconstruir a cena do crime. Não é mesmo?
E a partir delas recupera passo a passo o que aconteceu naquele local,
com aquelas pessoas. Um fio de cabelo, um pedaço de papel, o batom no copo com
água etc. Todos esses elementos contribuem para desvendar o que pode ter
ocorrido.
O historiador faz o mesmo com o
passado, busca através das fontes históricas (é assim que se chamam as suas
pistas), uma interpretação sobre um
determinado evento social, político, econômico e cultural de um determinado grupo
e localidade. É tão divertido, quanto montar um quebra-cabeça. Cada peça, pista
ou fonte histórica que encontramos nos
auxiliam a chegar cada vez mais perto do todo.
Com quais pistas, peças e fontes históricas nós estamos trabalhando
para saber mais sobre a história de Paracambi?
Saber sobre a historia de uma
cidade é uma tarefa árdua, nós sabemos. Mas somos bastante curiosos e sabemos
que esse é apenas o nosso começo.
Existem, na nossa cidade,
moradores antigos, que presenciaram muitos acontecimentos que foram
determinantes para Paracambi. Pensamos, então, que o relato de suas memórias contribuiriam bastante com o nosso
trabalho. Por isso, uma de nossas fontes
de pesquisas são as denominadas fontes orais.
Outra fonte que estamos
utilizando em nosso trabalho é um vasto
acervo fotográfico sobre a nossa cidade. A fotografia nos auxilia muito na
compreensão do passado. Ela não é apenas
um micro-aspecto de uma dada realidade. É um excelente instrumento de investigação histórica. Sentimo-nos
instigados a compreender o que há por
trás daquela imagem congelada.
Nós não somos os únicos que foram
mordidos pelo mosquito da curiosidade. Outros
pesquisadores fizeram trabalhos muitos legais sobre a nossa cidade. E é
claro, suas pesquisas contribuíram muitíssimo com o nosso trabalho. Um deles é
o professor de Ciências Sociais Paulo Fernandes Keller, que escreveu o livro: “Fábrica & Vila Operária: A Vida Cotidiana dos Operários Têxteis em
Paracambi/RJ”. O outro chama-se: Memória
e Temporalidades do Trabalho e Educação. Organizado pela professora da UFF
(Universidade Federal Fluminense) Maria Ciavatta.
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